A Intervenção Educativa e Terapia Assistida por CÃES (IETAC) é um sistema de educação e terapia inovadora que tem vindo a crescer com o passar do tempo. Esta utiliza cães de terapia para auxiliar na realização de atividades educativas e terapêuticas. Este tipo de educação e terapia pode ser inserida em áreas relacionadas com o desenvolvimento da aprendizagem, o desenvolvimento psicomotor, o desenvolvimento sensorial, distúrbios físicos, mentais e emocionais, em tratamentos destinados a melhorar a socialização, ou ainda na recuperação da auto-estima (Machado et. al., 2008).
Segundo a definição do Instituto Nacional de Ações e Terapia Assistida por Animais – INATAA (Brasil, 2009), a IETAC objetiva a introdução do animal próximo do indivíduo ou grupo, onde este fará parte do programa de educação e/ou terapia, visando promover a saúde física, social, emocional e funções cognitivas.
Vaccari e Almeida (2007), citam a IETAC como um processo educativo e terapêutico formal, sendo benéfico para qualquer ser humano, independentemente da idade, mas especialmente indicado para crianças.
Tal permite uma grande diversidade de estímulos sensoriais, através da visão, o tato, o olfato e a audição, algo que incrementa a consciencialização corporal.
Com relação à IETAC a 24 de abril de 2014 em entrevista ao programa “sociedade civil” emitido pela rtp2, a Dra. Elisabete Madureira, Psicóloga Clínica dizia: (...)“o animal é um facilitador, um mediador para o terapeuta intervir com o utente.”
Um crescente número de evidencias sugerem que a Educação e a Terapia Assistida por Cães é eficaz para o progresso das habilidades sociais em indivíduos com necessidades especiais.
Entretanto, ainda não está absolutamente claro quais são as especificidades do comportamento do cão que são responsáveis por esses resultados.
(…) “Quando fazemos festas a um cão, sentimo-nos bem, mas não nos apercebemos que a nossa pressão sanguínea baixa quando acariciamos o animal. Temos hormonas de stress chamadas cortisol, e os investigadores afirmam que quando interatuamos com animais domésticos os níveis de stress diminuem. Novas pesquisas demonstraram que neurotransmissores como a oxitocina de facto aumentam (…) se pensarmos nesta como a hormona da felicidade; quando interatuamos com um animal sentimo-nos bem, mas porque a oxitocina está a aumentar, pelo que há muitas vantagens fisiológicas” (…) (Dr. Aubrey Fine, Psicólogo / Investigador da Universidade da Califórnia – E.U.A., 2013).